tag:blogger.com,1999:blog-204527222024-03-07T18:36:30.055-03:00Sum Over HistoriesNews on quantum gravity, strings and other interesting stuff in physics. <br>
Novidades em gravitação quântica, cordas e outras coisas interessantes em física.Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.comBlogger235125tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-30122210547028520652014-06-05T11:24:00.000-03:002014-06-05T11:24:52.791-03:00Neutrinos: tudo na mesma<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://www.quantumdiaries.org/wp-content/uploads/2014/06/MINOS-s-300x168.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.quantumdiaries.org/wp-content/uploads/2014/06/MINOS-s-300x168.jpg" height="112" width="200" /></a>Novos resultados mostram que os neutrinos continuam os mesmos. A colaboração <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/MINOS">MINOS</a> estuda a <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Neutrino_oscillation">oscilação de neutrinos</a> desde 2005. Conhecemos três tipos de neutrinos: o neutrino do elétron, do múon e do tau, que podem se transformar entre si, fenômeno conhecido por oscilação de neutrinos. A experiência feita busca detectar a transformação do neutrino do múon num <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Sterile_neutrino">neutrino estéril</a>, um tipo de neutrino hipotético, que não interage através das forças do modelo padrão das partículas elementares, e seria, portanto, muito difícil de ser detectado diretamente. Os resultados <a href="http://phys.org/news/2014-06-evidence-nature-neutrinos.html">anunciados</a> hoje mostram mostram que nada foi encontrado pelo MINOS.<br />
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<a href="http://www.symmetrymagazine.org/sites/default/files/styles/lead_image/public/images/standard/EXO-s.jpg?itok=9aUzCnEW" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.symmetrymagazine.org/sites/default/files/styles/lead_image/public/images/standard/EXO-s.jpg?itok=9aUzCnEW" height="112" width="200" /></a>Noutra frente de batalha, procura-se descobrir que tipo de férmion que o neutrino é. Férmions aparecem em três tipos:<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Weyl_fermion"> Weyl</a>, quando não possuem massa, e quando são massivos podem ser <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Majorana_fermion">Majorana</a>, se o férmion for igual à sua anti-partícula, ou<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Dirac_fermion"> Dirac</a> se for distinto de sua anti-partícula. O experimento <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Enriched_Xenon_Observatory">EXO</a> estuda o decaimento beta duplo do xênon-136. O decaimento beta desse núcleo instável do xênon produz dois neutrinos. O que se procura no experimento é um decaimento sem neutrinos. Se tais decaimentos forem detectados indicaria que os neutrinos seriam <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Majorana_fermion">férmions de Majorana</a>, isto é, o neutrino e seu anti-neutrino seriam idênticos. Os resultados <a href="http://www.symmetrymagazine.org/article/june-2014/exo-experiment-searches-for-exotic-decay?utm_source=main_feed_click&utm_medium=rss&utm_campaign=main_feed&utm_content=click">anunciados</a> são negativos de forma que os neutrinos continuam sendo férmions de Dirac.<br />
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Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-77372378309410493512014-05-14T16:50:00.000-03:002014-05-14T17:03:20.979-03:00Estação Espacial Internacional ao Vivo<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c9/STS-134_International_Space_Station_after_undocking.jpg/1920px-STS-134_International_Space_Station_after_undocking.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c9/STS-134_International_Space_Station_after_undocking.jpg/1920px-STS-134_International_Space_Station_after_undocking.jpg" height="132" width="200" /></a>Qual a visão da Terra que um astronauta tem quando está na<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Espacial_Internacional"> estação espacial internacional</a>? Câmeras instaladas na ISS transmitem ao vivo as imagens da Terra. Se a imagem estiver preta é porque é noite na região sobre a qual a estação está passando. Se estiver cinza, pode estar havendo uma troca de câmeras ou a conexão da ISS com a Terra está interrompida. Como a ISS completa uma órbita a cada 90 minutos metade desse tempo não temos imagens. <a href="http://eol.jsc.nasa.gov/HDEV/">Confira!</a> <br />
As vezes é possível ver a ISS a olho nu, de manhãzinha ou ao entardecer, bem baixo no horizonte. É muito mais brilhante do que qualquer outra estrela e é fácil de se localizar. É possível saber exatamente o horário em que estará visível consultando este <a href="http://spotthestation.nasa.gov/sightings/#.U3PJ6579Eb8">site na NASA</a> e clicando em São Paulo ou inserindo o nome da cidade em que você está. Até 28 de maio não será visível em São Paulo.</div>
Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-4290070430790694742014-03-17T15:53:00.001-03:002014-03-17T15:53:58.967-03:00A Descoberta de Ondas Gravitacionais Primordiais<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://kipac.stanford.edu/kipac/sites/default/files/images/project-images/bicep2_calibration_measurement_lg.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://kipac.stanford.edu/kipac/sites/default/files/images/project-images/bicep2_calibration_measurement_lg.jpg" height="240" width="320" /></a>Hoje foi anunciada a descoberta de ondas gravitacionais primordiais pela colaboração<a href="http://kipac.stanford.edu/kipac/projects/bicep2"> BICEP2</a>, que mede a radiação cósmica de fundo no polo sul. A teoria da relatividade geral de Einstein prevê que quando corpos muito massivos, como estrelas de nêutrons ou buracos negros, gravitam um ao redor do outro, o espaço-tempo ao redor é deformado e geram ondas no campo gravitacional. Em 1974 foi descoberto um sistema com duas estrelas cujas órbitas estavam se aproximando e a perda de energia se dava através da emissão de ondas gravitacionais. Em 1993 ganharam o prêmio Nobel. Desde então vem-se tentando detectar ondas gravitacionais com <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Gravitational_wave_detector">detectores</a> que envolvem diferentes tecnologias. Mas não foi esse tipo de onda de onda gravitacional que foi anunciado hoje. O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Infla%C3%A7%C3%A3o_c%C3%B3smica">universo inflacionário</a> prevê que logo após o Big Bang as ondas gravitacionais então existentes foram amplificadas pela inflação a ponto de influenciar a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Polariza%C3%A7%C3%A3o">polarização das ondas de luz</a> que gerariam a radiação cósmica de fundo. Essas são as ondas gravitacionais primordiais que foram detectadas. Análises anteriores sugeriam que esses efeitos da polarização seriam pequenos demais para serem descobertos e isso levou ao abandono dos modelos inflacionários mais simples. A descoberta do BICEP2 é surpreendente e confirma não só que a inflação é real mas que os modelos descartados devem ser reconsiderados. Espera-se que a análise dos dados do satélite Planck que devem ser anunciados no final do ano, confirmem a descoberta da polarização da radiação cósmica de fundo feita pelo BICEP2. Estes resultados também dão suporte às <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Grand_unified_theories">teorias de grande unificação</a>, na qual as três forças fundamentais (forte, fraca e eletromagnética) são unificadas numa única força à altas energias. Além disso, também mostram que efeitos quânticos geraram ondas gravitacionais, reforçando a hipótese da existência de uma <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Quantum_gravity">teoria quântica da gravitação</a>. Uma discussão mais detalhada deste assunto pode ser encontrada <a href="http://profmattstrassler.com/2014/03/17/a-primer-on-todays-events/">aqui</a>. Vamos aguardar a confirmação de outros experimentos. <br />
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Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-8037218662531182072014-03-06T14:44:00.000-03:002014-03-06T14:44:00.892-03:00Faça seu próprio reator nuclear<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Jamie Edwards, um estudante inglês de 13 anos, é a pessoa mais jovem a <a href="http://www.bbc.com/news/science-environment-26450494">construir um reator de fusão nuclear</a>. O projeto de £ 2.000 foi custeada pela própria escola. Ele utilizou o processo de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Inertial_Electrostatic_Confinement">confinamento </a><br />
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<a href="http://news.bbcimg.co.uk/media/images/73388000/jpg/_73388550_73388549.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://news.bbcimg.co.uk/media/images/73388000/jpg/_73388550_73388549.jpg" height="179" width="320" /></a></div>
eletrostático inercial, conhecido desde a década de 60. Quando um gás é submetido a alta voltagem cria pequenos pacotes que são mais quentes que a superfície do sol. Alguns átomos de hidrogênio podem então se fundir produzindo núcleos de hélio e alguns nêutrons. O processo não é auto sustentável e não pode ser usado para se construir um reator que produza energia. O record anterior era do americano <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Taylor_Wilson">Taylor Wilson</a> que construiu seu reator em 2008 quando tinha 14 anos. Seria possível fazer isso em alguma escola no Brasil?<br />
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<div style="background-color: white; clear: left; color: #505050; font-family: Arial, Helmet, Freesans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px; margin-bottom: 12px; padding: 0px; text-rendering: auto;">
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Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-61468756410907460442014-01-24T12:47:00.000-02:002014-01-24T12:47:08.810-02:00Supernova descoberta por estudantes<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://news.bbcimg.co.uk/media/images/72469000/gif/_72469262_untitled-2.gif" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://news.bbcimg.co.uk/media/images/72469000/gif/_72469262_untitled-2.gif" height="320" width="240" /></a>Uma supernova localizada na galáxia M82 foi descoberta por acaso durante uma aula de astronomia do University College de Londres dada no Observatório da Universidade de Londres. Na foto ao lado vemos a M82 antes e depois do aparecimento da supernova. A supernova, batizada de SN 2014J, está a 12 milhões de anos-luz de nós, e foi vista pela primeira vez no dia 21 de janeiro. É uma supernova do tipo IA e sua luminosidade deverá aumentar nas próximas duas semanas. É uma das supernovas mais próximas da Terra já detectadas nos últimos 20 anos. Infelizmente só pode ser observada no hemisfério norte. Mais detalhes na<a href="http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-25860454"> BBC.</a></div>
Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-65250305513168153452014-01-13T10:22:00.002-02:002014-01-13T10:22:36.573-02:00O Universo em escalas direrentes<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Como é o Universo em escalas pequenas, médias e grandes? Um vídeo clássico de 1977, Powers of Ten, procura ilustrar as diferenças.<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/0fKBhvDjuy0?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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Um vídeo em flash, <a href="http://htwins.net/scale2/">The Scale of the Universe</a>, atualiza o vídeo anterior.<br />
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Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-57022787790742800012013-11-29T10:21:00.001-02:002013-11-29T10:21:54.499-02:00Cometa Ison não sobrevive<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Após aproximar-se do Sol, o núcleo do cometa Ison não suportou a enorme força gravitacional. A poeira que resta pode ser vista na foto abaixo. O disco central oculta a imensa luminosidade do Sol, e o círculo branco indica a posição do Sol. Na foto à direita, o cometa Ison é visto aproximando-se do Sol na parte inferior. Depois de quase seis horas e meia, à esquerda, vê-se o que restou do cometa na parte superior da foto. Apenas um rabicho com os fragmentos do Ison.<br />
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<a href="http://apod.nasa.gov/apod/image/1311/ISONperihelionLASCOc2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="217" src="http://apod.nasa.gov/apod/image/1311/ISONperihelionLASCOc2.jpg" width="400" /></a></div>
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Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-13506630206333576912013-11-27T10:55:00.001-02:002013-11-27T10:55:11.458-02:00Cometa Ison aproximando-se do sol<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/fPNriMnVi5M?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
Amanhã, dia 28, o<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/C/2012_S1"> Cometa Ison</a> deverá passar pertinho do Sol, a cerca de 1.800.000 Km de distância de seu centro. Se o núcleo do cometa não for desintegrado após esse encontro deveremos ter um belo espetáculo nos dias seguintes. Por enquanto, podemos apreciar este vídeo feito no Observatório Teide nas Ilhas Canárias no dia 22 de novembro. </div>
Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-2499406901304504422013-11-25T19:36:00.000-02:002013-11-26T11:31:27.581-02:00Veritasium: um elemento de verdade<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/a/a0/Veritasium_logo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/a/a0/Veritasium_logo.jpg" width="168" /></a>Veritasium é formado por "veritas", verdade em Latim, e "ium", a terminação de vários elementos químicos, portanto é um elemento de verdade. Seu número atômico é "i", a identidade imaginária, já que tal elemento não existe. Sua massa atômica é 42, que é a resposta para a pergunta fundamental sobre a vida, o universo e todo o resto em "O Guia do Mochileiro das Galáxias".<br />
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Na verdade, é o logo de uma canal educacional sobre ciência no YouTube que procura explicar o que acontece quando efeitos não intuitivos de fato acontecem. Também traz vídeos com dramatizações, músicas e entrevistas com cientistas. Um vídeo interessante é sobre o que acontece quando você solta uma mola que está pendurada na vertical e esticada por causa do campo gravitacional. Quando a extremidade superior da mola é solta, quando é que a extremidade inferior começa a cair? No mesmo instante ou depois? O problema é apresentado no vídeo abaixo (Slinky Drop); quando o vídeo terminar clique no vídeo de cima à esquerda (Slinky Drop Answer) para ver o que acontece. Vale a pena conferir. (Tudo em inglês!)<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/wGIZKETKKdw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-35477790122924704032013-11-21T18:07:00.000-02:002013-11-21T18:07:19.888-02:00Ice Cube detecta mais neutrinos de alta energia<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/50/IceCube_drill_camp_2009.jpg/500px-IceCube_drill_camp_2009.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="105" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/50/IceCube_drill_camp_2009.jpg/500px-IceCube_drill_camp_2009.jpg" width="400" /></a>O<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/IceCube_Neutrino_Observatory"> Ice Cube Neutrino Observatory</a> é o maior detector de partículas do mundo. Ele é feito de um quilometro cúbico de gelo, na Antártica, circundado por mais de cinco mil detectores, pendurados em 86 cabos de aço, que detectam fraquíssimos lampejos de luz produzidos pela colisão dos neutrinos. Hoje foi anunciada a detecção de 28 neutrinos com energias maiores do que 30 TeV. A descoberta de dois neutrinos com mais de 1.000 TeV já havia sido feita em abril de 2012 e agora o número de eventos de altíssima energia passa para 28. Ainda não é possível detectar sua origem mas sabe-se que neutrinos originários de explosões de supernovas, como a 1987A, produziu neutrinos com muito menos energia. O anúncio oficial encontra-se <a href="http://www.desy.de/information__services/press/pressreleases/@@news-view?id=6741">aqui</a>.</div>
Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-28068156698926308572013-10-31T17:17:00.000-02:002013-10-31T17:17:03.365-02:00Ainda sem sinais da matéria escura<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Em abril deste ano o<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Cryogenic_Dark_Matter_Search"> CDMS</a> (Cryogenic Dark Matter Search) anunciou a detecção de três eventos que poderiam ser atribuídos à partículas de matéria escura de massa pequena. Esses resultados, entretanto, estavam em contradição com os obtidos pelo <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/XENON100">XENON100</a> (Dark Matter Seacrh Experiment) de 2012. <br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://news.sciencemag.org/sites/default/files/styles/thumb_article_l/public/media/sn-luxresults.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="190" src="http://news.sciencemag.org/sites/default/files/styles/thumb_article_l/public/media/sn-luxresults.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O detector LUX</td></tr>
</tbody></table>
Todos aguardavam ansiosos pelos resultados do <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Large_Underground_Xenon_Detector">LUX </a>(Large Underground Xenon Detector) que deveria observar mais de 1600 eventos caso os dados do CDMS fossem corretos. Ontem foi feita a divulgação dos dados do LUX e infelizmente nada foi detectado. O LUX continuará operando e espera-se que com sua grande sensibilidade possa encontrar algo a medida que mais dados sejam colhidos. Vamos aguardar. Para mais detalhes sobre os resultados do LUX veja<a href="http://www.interactions.org/cms/?pid=1033370"> aqui.</a></div>
Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-37084148010216114912013-10-08T11:14:00.000-03:002013-10-08T11:14:01.177-03:00O Premio Nobel de Física de 2013<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.newscientist.com/data/images/ns/cms/dn24365/dn24365-1_300.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://www.newscientist.com/data/images/ns/cms/dn24365/dn24365-1_300.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Englert e Higgs</td></tr>
</tbody></table>
Como esperado, o<a href="http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/2013/"> premio Nobel de física</a> deste ano está relacionado à <a href="http://rivelles.blogspot.com.br/2013/03/o-higgs-finalmente.html">descoberta do bóson de Higgs</a> em julho de 2012. Muitos teóricos estão relacionados à concepção e ao desenvolvimento das idéias de <a href="http://rivelles.blogspot.com.br/2013/01/o-higgs-gera-massa-de-tudo.html">como gerar massa</a> para campos de gauge de massa nula, e um número muito maior de experimentais estão relacionados à construção dos equipamentos instalados no CERN que finalmente comprovaram a existência do bóson de Higgs. O comitê do Nobel certamente estava num dilema de como premiar a descoberta do Higgs. Optaram pela escolha mínima: premiou os dois teóricos que geraram as idéias iniciais, <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Englert">François Englert</a> e <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Peter_Higgs">Peter Higgs</a>. O primeiro trabalho a propor o que é conhecido atualmente como o<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Higgs_mechanism"> mecanismo de Higgs</a> foi publicado em 1964 por dois físicos belgas, Robert Brout e François Englert. Logo a seguir, ainda em 1964, o físico inglês Peter Higgs publica um trabalho com idéias semelhantes. Os belgas explicam como o mecanismo pode operar para a força fraca, responsável pelo decaimento beta, e Peter Higgs mostra que é necessário que exista uma <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Higgs_boson">partícula</a> com certas propriedades, que agora leva seu nome. Um terceiro trabalho, feito pelos americanos Gerald Guralnik e Carl Hagen e pelo inglês Tom Kibble, contribuiram para o desenvolvimento dessas idéias que hoje em dia fazem parte do modelo padrão das partículas elementares. O bóson de Higgs foi encontrado no LHC nos experimentos do <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Compact_Muon_Solenoid">CMS</a> e do <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/ATLAS_experiment">ATLAS</a> em 2012, mas antes disso foram descobertas outras partículas que também fazem parte do mecanismo de Higgs como os bósons W e Z, que possuem massa geradas pelo bóson de Higgs. Como o Nobel não é concedido postumamente Robert Brout não foi condecorado. Guralnik, Hagen e Kibble são reconhecidos pelas suas constribuições mas como o Nobel é concedido no máximo para três pessoas eles ficaram de fora. Talvez o CMS e ATLAS ainda ganhem o Nobel pela descoberta de 2012. Vamos aguardar. </div>
Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-12037484827266310422013-09-19T09:30:00.002-03:002013-09-19T09:30:27.857-03:00A capella scienceUm estudante de mestrado em teoria de cordas produziu um vídeo musical envolvendo os termos técnicos utilizados em teoria de cordas. E o fez de maneira inteligente e cientificamente correta. Vale a pena dar uma olhada mesmo se você não você não tem familiaridade com a linguagem das cordas.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/2rjbtsX7twc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-22233106156611595512013-06-18T18:12:00.000-03:002013-06-18T18:12:31.386-03:00The non-linear evolution of a bus fare rise Yesterday was an atypical day in Brazil. It all started on June 1st with a rise in the bus fare in almost all major cities. The fare rose about 7%, the inflation since the last fare rise. On June 6 some people in São Paulo organized the first rally against the fare rise and called it PASSE LIVRE, free fare. Not many people showed up. They walked along some main streets causing troubles for the local traffic. The police tried to repress the demonstration and they came into conflict resulting in violence from both sides. The next day some more people showed up and the same violence happened again. Other cities in Brazil started doing the same. On June 13 the fourth demonstration in São Paulo was too violent. The riot police was blamed and accused of violence, vandalism and intolerance. It was then agreed that the police would not interfere with the fifth demonstration which happened yesterday.<br />
<br />
So in a plain Monday, a regular working day, it happened. More than 65.000 people were protesting not only against the rise in the bus fare, but also against the services provided by the state. Poor education system, bad health services, lack of security. Others were protesting against corruption, mainly governmental corruption which seems endless. And there were even people complaining about the expenses with the next FIFA World Cup and Olympics which will happen in a few years time in Brazil. The demonstration started at 5 pm and went on during the night luckily without any violence. But that is not all. Demonstrations happened in many other cities all over Brazil also asking for the same. Unfortunately some were much more violent than in São Paulo. In Rio de Janeiro the city assembly was attacked while in Brasília people got to the roof of the congress building. Altogether about A QUARTER OF A MILLION people were in the streets yesterday! Brazilians are awakening at last and asking for their rights!<br />
<br />
If you google PASSE LIVRE or go to YouTube you can see what happened in several cities. But there is video which explains it all. It seems it was recorded before yesterday´s demonstration.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/ZApBgNQgKPU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-55464116985386480482013-06-18T10:44:00.000-03:002013-06-18T10:44:11.519-03:00Porque supersimetria?<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Depois do vídeo explicando <a href="http://rivelles.blogspot.com.br/2013/05/video-sobre-supersimetria.html">o que é supersimetria</a> temos agora outro vídeo explicando porque a supersimetria é necessária. Vale a pena conferir.</div>
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/09VbAe9JZ8Y?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-9394549477781225382013-06-18T10:38:00.000-03:002013-06-18T10:38:32.442-03:00Tetraquarks?Na natureza os <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Quark">quarks</a> sempre aparecem em combinações de três quarks formando bárions (como o próton e o nêutron) ou num par quar-anti-quark formando mésons (como o píon). Em 2005 foi descoberta uma partícula exótica chamada de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Y(4260)">Y(4260)</a> que parece ser composta de dois quarks e um <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Gluon">glúon</a> (a partícula responsável pela força forte). Para tentar compreender a estrutura dessa partícula dois grupos, <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Belle_experiment">BELLE</a> (no Japão) e <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Beijing_Electron%E2%80%93Positron_Collider_II">BESIII</a> (na China), estudaram o decaimento do Y(4260) e descobriram uma nova partícula, denominada Zc(3900) e que parece ser ainda mais exótica que a Y(4260). A nova partícula possui carga elétrica e um quark charmoso e anti-quark charmoso e parece conter mais dois quarks, um quark up e um anti-quark down, uma partícula com quatro quarks! Anos atrás outros grupos experimentais encontraram evidências de tetra quarks mas este é o primeiro resultado experimental com resultados mais sólidos. Porém, outras interpretações não estão excluídas ainda. A Zc(3900) poderia ser um estado ligado de dois mésons formando uma molécula hadrônica, um proposta teórica que nunca foi detectada experimentalmente. Outra interpretação menos excitante é que poderia ser apenas um estado com dois mésons porém sem formar uma molécula hadrônica. Mais dados são necessários para compreender essa partículas. Vamos aguardar. Os dois trabalhos foram <a href="http://physics.aps.org/articles/v6/69">publicados</a> no Physical Review Letters desta semana.Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-72512624797906668422013-05-22T11:21:00.001-03:002013-06-04T13:13:00.198-03:00Vídeo sobre SupersimetriaUm vídeo (em inglês) sobre supersimetria para não especialistas. Bastante interessante e bastante compreensível. Produzido pelo Fermilab.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/0CeLRrBAI60?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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<span id="goog_773184570"></span><span id="goog_773184571"></span><br /></div>
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Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-79547908265166638742013-04-17T19:14:00.001-03:002013-04-17T19:14:47.371-03:00Descoberta da matéria escura, novamente?<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://blogs.nature.com/news/files/2013/04/cdms-silicon-detector.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="http://blogs.nature.com/news/files/2013/04/cdms-silicon-detector.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Detector de silício do CDMS</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: inherit;">O experimento <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Cryogenic_Dark_Matter_Search">CDMS</a></span><span style="font-size: 15px; line-height: 18px;"><span style="font-family: inherit;"> (Cryogenic Dark Matter Search) está sendo realizado na mina de Soudan no estado de Minnesota nos Estados Unidos. Ele possui detectores de silício para descobrir colisões de partículas de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria_escura">matéria escura</a> com matéria normal, mais especificamente, para detectar <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/WIMP">WIMPs</a> (weakly interacting massive particles), partículas massivas que interagem fracamente. Nesta semana, <a href="http://blogs.nature.com/news/2013/04/another-dark-matter-sign-from-a-minnesota-mine.html">anunciaram</a> a detecção de três eventos que podem ser de WIMPs. Vale a pena recordar que em 2010 anunciaram coisa semelhante mas depois descobriu-se que se tratava de colisões entre matéria normal e não matéria escura. Novamente teremos que esperar mais dados para confirmar a descoberta da matéria escura. Outros comentários podem ser encontrados <a href="http://www.symmetrymagazine.org/article/april-2013/underground-experiment-sees-possible-hints-of-dark-matter">aqui</a> e <a href="http://www.quantumdiaries.org/2013/04/15/dark-matter-search-results-from-cdms-ii-silicon-detectors/">aqui</a>. </span></span>Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-40366355026456054692013-04-03T15:44:00.001-03:002013-04-04T10:23:05.638-03:00AMS Anuncia seus Primeiros Resultados A <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Espect%C3%B4metro_Magn%C3%A9tico_Alpha">colaboração AMS</a> (Alpha Magnetic Spectrometer) projetou e construiu um poderoso espectrômetro para coletar e identificar raios cósmicos vindos das profundezas do espaço. Um protótipo o AMS-01, foi para o espaço a bordo do ônibus espacial Discovery em junho de 1998. Logo em seguida foi construído o AMS-02, que foi levado para estação espacial em maio de 2011, e já coletou dados de 25 bilhões de raios cósmicos. Hoje, os <a href="http://press.web.cern.ch/backgrounders/first-result-ams-experiment">primeiros resultados</a> foram anunciados no CERN. Um <a href="http://www.interactions.org/cms/?pid=1032740">nota para a imprensa</a> também foi divulgado<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/89/STS-134_the_starboard_truss_of_the_ISS_with_the_newly-installed_AMS-02.jpg/800px-STS-134_the_starboard_truss_of_the_ISS_with_the_newly-installed_AMS-02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/89/STS-134_the_starboard_truss_of_the_ISS_with_the_newly-installed_AMS-02.jpg/800px-STS-134_the_starboard_truss_of_the_ISS_with_the_newly-installed_AMS-02.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">AMS-02 instalado na estação espacial</td></tr>
</tbody></table>
O universo é composto predominantemente por matéria mas pequenas quantidades de antimatéria são geradas pelas colisões de <a href="http://rivelles.blogspot.com.br/2012/10/novo-tipo-de-raios-cosmicos-descoberto.html">raios cósmicos</a> muito energéticos com o meio interestelar, por campos magnéticos extremamente fortes em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pulsar">pulsares </a>(estrelas de nêutrons em rotação), ou pela aniquilação de <a href="http://rivelles.blogspot.com.br/2012/04/onde-esta-materia-escura-do-sistema.html">matéria escura</a> no centro de nossa galáxia. Em particular, a matéria escura produziria um excesso de pósitrons de alta energia comparado com outros processos de origem astrofísica, caso esses processos sejam bem conhecidos. Daí a busca, em vários experimentos, por excesso de pósitrons como um indicativo da existência da matéria escura.<br />
<br />
Em 2008 a colaboração <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Payload_for_Antimatter_Matter_Exploration_and_Light-nuclei_Astrophysics">PAMELA</a> encontrou um aumento na fração de pósitrons entre 10 e 100 GeV. Em 2010 o <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Fermi_Gamma-ray_Space_Telescope#Cosmic_rays_and_supernova_remnants">telescópio Fermi</a> confirmou que tal excesso se estende até 200 GeV. O AMS anunciou hoje que o aumento na fração de pósitrons continua até 250 GeV. Tais resultados podem ser explicados pela existência de partículas de matéria escura, talvez supersimétricas, mas também poderiam ter origem em quasares no plano galáctico. Ainda não é possível distinguir a origem do excesso de pósitrons mas a grande contribuição do AMS-02 é mostrar que o resultado é sólido já que o experimento foi feito com grande precisão.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://press.web.cern.ch/sites/press.web.cern.ch/files/u2/figure2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="178" src="http://press.web.cern.ch/sites/press.web.cern.ch/files/u2/figure2.jpg" width="320" /></a></div>
Na apresentação de hoje no CERN nem todos os dados foram apresentados. Apenas os eventos com energia até 250 GeV aparecem no gráfico. Vamos aguardar o que acontece acima desse valor. Talvez tenhamos alguma surpresa. Abaixo, um vídeo curto e interessante sobre o assunto no YouTube.<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/cQ163kfAYgE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-22665507951063339992013-03-26T13:33:00.002-03:002013-03-27T10:00:59.308-03:00Divulgado os Dados do Planck<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/50/Planck_satellite.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="157" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/50/Planck_satellite.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Satélite Planck</td></tr>
</tbody></table>
Os primeiros <a href="http://phys.org/news/2013-03-planck-reveals-universe.html">dados coletados</a> pelo <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Planck_(sonda_espacial)">observatório Planck</a> foram apresentados na semana passada. O satélite foi lançado pela Agência Espacial Européia com a finalidade de estudar as anisotropias da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_c%C3%B3smica_de_fundo">radiação cósmica de fundo</a>. O lançamento ocorreu em 2009 e agora os primeiros resultados foram anunciados.<br />
<br />
A radiação detectada pelo Planck foi gerada quando o Universo tinha 380.000 anos de idade e era composto por um plasma de elétrons e fótons à uma temperatura de 2.700 graus Celsius. Hoje em dia, devido a expansão do Universo, essa radiação tem uma temperatura de 2.7 graus acima do zero absoluto. O mapa de temperaturas do céu gerado pelo Planck está na figura abaixo.<br />
<br />
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="http://cdn.physorg.com/newman/gfx/news/2013/planck_cmb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="161" src="http://cdn.physorg.com/newman/gfx/news/2013/planck_cmb.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption">RCM dtetectada pelo Planck<br />
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<br /></td></tr>
</tbody></table>
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<a href="http://vixra.files.wordpress.com/2013/03/pia16874-cobewmapplanckcomparison-20130321.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="177" src="http://vixra.files.wordpress.com/2013/03/pia16874-cobewmapplanckcomparison-20130321.jpg" width="320" /></a><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="text-align: center;">Analisando os dados gerados pelo Planck descobrimos que o Universo é 100 milhões de anos mais velho do que se estimava, e que tem um pouco mais de </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria_escura" style="text-align: center;">matéria escura</a><span style="text-align: center;"> e um pouco menos de </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_escura" style="text-align: center;">energia escura</a> do que se acreditava anteriormente<span style="text-align: center;">. Portanto, a idade do Universo é de 13.8 bilhões de anos e seu conteúdo é composto de 4,9% de matéria ordinária, 26,8% de matéria escura e e 68,3% de energia escura. Os dados também mostram a existência de apenas 3 </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Neutrino" style="text-align: center;">neutrinos</a><span style="text-align: center;"> (já conhecidos) e excluem a possibilidade de um quarto neutrino. </span></span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Para se ter uma ideia da qualidade dos dados coletados pelo Planck basta comparar com os dados do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cobe">COBE </a>(lançado em 1989) e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/WMAP">WMAP</a> (lançado em 2001) na foto ao lado. Realmente um grande progresso. Pena que nada de excepcional tenha sido encontrado. Assim como no LHC...Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-1653469898771247272013-03-17T11:39:00.000-03:002013-03-17T11:39:31.817-03:00O Higgs, finalmente.<br />
<a href="http://cds.cern.ch/record/1459459/files/gammagamma_run194108_evt564224000_ispy_rz.png?subformat=icon-1440" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="121" src="http://cds.cern.ch/record/1459459/files/gammagamma_run194108_evt564224000_ispy_rz.png?subformat=icon-1440" width="200" /></a>Detectar uma partícula elementar é uma arte. Quando os prótons colidem no LHC produzem milhares de partículas, como na figura ao lado, e há um trabalho enorme em identificar entre elas aquela que queremos estudar. Mas isso não é suficiente. Temos que ter certeza de que ela tem as propriedades previstas pelo modelo padrão das partículas elementares, e se não tiver essas propriedades, o que seria a descoberta de uma nova partícula, teríamos que determinar suas propriedades.<br />
<br />
Em julho do ano passado o CERN anunciou a <a href="http://rivelles.blogspot.com.br/2012/07/o-higgs-foi-descoberto-o-que-acontece.html">descoberta de uma partícula</a> que poderia ser o Higgs. Porque não anunciaram que a partícula é de fato o Higgs do modelo padrão? A razão para isso é que só foi possível determinar poucas propriedades da partícula recém descoberta. O Higgs é a partícula que gera massa para os bósons W e Z, descobertos no século passado. (Um aparte: veja que o Higgs não gera massa para o fóton, que é uma partícula de massa nula, mostrando que o Higgs não gera massa para todas as partículas como é muitas vezes afirmado.) O Higgs, portanto, deve decair nos bósons W e Z com diferentes taxas de decaimento. Com os dados coletados até Julho do ano passado foi possível detectar o decaimento da nova partícula nos Z´s mas não havia dados suficientes para encontrar o decaimento nos W´s. Daí o anúncio reticente. Na <a href="http://moriond.in2p3.fr/">conferência de Moriond</a> neste mês de Março foi anunciado que após uma coleta de mais dados foi possível detectar o decaimento do Higgs nos W´s. Mais uma razão para acreditar que a nova partícula é de fato o Higgs.<br />
<br />
O que aconteceu com o decaimento do Higgs em dois fótons discutido no <a href="http://rivelles.blogspot.com.br/2013/03/nada-de-novo-sobre-o-higgs.html">post anterior</a>? Esse é outra propriedade importante a ser determinada para termos certeza de se trata do Higgs previsto pelo modelo padrão. No ano passado os dados indicavam que havia um excesso na produção de dois de fótons no decaimento do Higgs. Na sema passada o ATLAS anunciou que o excesso de fótons estava desaparecendo a medida que mais dados eram analisados. E agora o CMS anunciou a mesma coisa. A partícula detectada no LHC parece mesmo ser o Higgs do modelo padrão. As esperanças de que fosse um Higgs diferente do modelo padrão, que indicaria a existência de nova física, como a supersimetria, parece estar morrendo rapidamente.<br />
<br />
Outras propriedades importantes para caracterizar uma partícula elementar são o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Spin">spin</a> e a <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Parity_(physics)">paridade</a>. As partículas bosônicas possuem spin inteiro, como o fóton que tem spin 1, enquanto as fermiônicas possuem spin semi-inteiro, como o elétron com spin 1/2. A paridade fornece informações do que aconteceria se fosse possível observar o decaimento através de um espelho. O vetor posição, por exemplo, tem paridade -1 já que suas componentes vistas no espelho são revertidas. A energia ou a massa, por exemplo, tem paridade +1 pois não mudam quando vistas no espelho. O modelo padrão requer que o bóson de Higgs tenha spin zero e paridade +1.Os dados coletados mostram exatamente esses atributos para a partícula detectada isso foi anunciado em Moriond. Mais um teste que o Higgs passa.<br />
<br />
É dessa forma vagarosa que a ciência avança. A coleta de dados e sua análise é essencial para a compreensão da Natureza. Agora já podemos chamar a partícula descoberta de Higgs. Finalmente... A única coisa a lamentar é que nada mais tenha sido descoberto no LHC até agora. Na próxima semana o satélite Planck deve divulgar seus dados sobre a radiação cósmica de fundo. Vamos ver se algo mais excitante vai aparecer.<br />
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Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-55662709494115594432013-03-08T11:11:00.001-03:002013-03-08T11:11:55.403-03:00Nada de Novo Sobre o HiggsEstá chegando ao fim a conferência <a href="http://moriond.in2p3.fr/">Reencontres de Moriond</a>. Esperava-se que novidades sobre o Higgs fossem apresentadas. Como comentado num <a href="http://rivelles.blogspot.com.br/2012/07/o-higgs-foi-descoberto-o-que-acontece.html">post anterior</a>, a taxa de decaimento do Higgs em dois fótons era ligeiramente maior do que aquele predito pelo modelo padrão das partículas elementares. O erro experimental, porém, era grande e mais dados seriam necessários para confirmar a descoberta. Se esse sinal fosse confirmado indicaria em que direção o modelo padrão deveria ser modificado para explicar esse comportamento anômalo. Essa era a grande expectativa! Nesta semana, entretanto, em <a href="http://www.newscientist.com/article/dn23245-rumour-points-to-completely-boring-higgs-boson.html">Moriond</a>, o experimento ATLAS anunciou que os erros da medida dessa taxa de decaimento diminuíram bastante mas o sinal também diminuiu de forma que o Higgs apresenta todas as propriedades preditas pelo modelo padrão. Outro grupo experimental, o CMS, também fez as mesmas medidas mas ainda não concluiu a análise dos dados. Talvez façam algum anúncio a partir da próxima semana. Só resta esperar...Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-36766624011524467042013-02-15T15:07:00.003-02:002013-02-15T16:35:27.493-02:00Queda do meteoro na Rússia Um meteoro que caiu hoje ao amanhecer na Rússia e foi filmado de forma espetacular por diversas câmeras Há vários vídeos na internet. Um dos mais interessantes é o que está ao lado e contém trechos de vários vídeos. Depois de alguns minutos a onda de choque chega ao solo produzindo uma enorme explosão assustando muita gente e ferindo cerca de 400 pessoas, principalmente devido a ferimentos produzido pelos vidros quebrados. A explosão foi registrada no vídeo seguinte.<br />
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<object class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://2.gvt0.com/vi/90Omh7_I8vI/0.jpg" height="266" width="320"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/90Omh7_I8vI&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/90Omh7_I8vI&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/xfA2hcf7k7c?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
A bola de fogo inicial foi causada pelo calor gerado pela pressão dos gases da atmosfera sobre o meteoro. O meteoro esquenta o ar a sua volta que começa a brilhar. A medida que o meteoro cai o ar quente o aquece e ele vai se esquentando de forma desigual, com um lado muito mais quente que o outro, fazendo com que ela exploda em vários pedaços já na parte baixa da atmosfera. Não é o som dessa explosão que é ouvida no vídeo. O que acontece é que usualmente os meteoros chegam com velocidades próximas a 10 Km/s, superior à velocidade do som. Isso gera uma rápida compressão do ar na frente do meteoro dando origem a uma onda de choque que demora cerca de dois minutos e meio para chegar à superfície da Terra. É o mesmo fenômeno que ocorre quando aviões supersônicos passam por nós e produzem uma explosão depois que já passaram. É essa onda de choque que é ouvida no vídeo. Os pedaços do meteoro que sobrevivem chegam ao solo e tornam-se meteoritos. São os sobreviventes do meteoro original. Meteoros desse tipo costumam cair uma vez a cada dez anos. E esse, em particular, não tem nenhuma conexão com o asteroide que vai passar perto da Terra ainda hoje.<br />
<br />Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-7644417920942582872013-01-29T19:35:00.002-02:002013-01-29T19:35:23.851-02:00O Higgs gera a massa de tudo?<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://cms.web.cern.ch/sites/cms.web.cern.ch/files/styles/large/public/field/image/eemm_run195099_evt137440354_ispy_3d-annotated-2.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="127" src="http://cms.web.cern.ch/sites/cms.web.cern.ch/files/styles/large/public/field/image/eemm_run195099_evt137440354_ispy_3d-annotated-2.png" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Higgs no CMS</td></tr>
</tbody></table>
Essa é uma pergunta que tem sido feita frequentemente depois da sensacional <a href="http://rivelles.blogspot.com.br/2012/07/o-higgs-foi-descoberto-o-que-acontece.html">descoberta do Higgs</a>. Para poder compreender o que acontece é necessário irmos devagar e entender vários aspectos importantes.<br />
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Primeiro é necessário compreender o que é <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Massa">massa</a>. Na física Newtoniana estamos acostumados com a massa inercial que é uma medida de como um corpo responde quando uma força atua sobre ele. A segunda Lei de Newton nos diz que a = F/m de forma que se aplicarmos a mesma força em dois corpos, aquele que tiver massa menor terá mais aceleração do que o corpo com massa maior. Usualmente usamos a força da gravitação para medir a massa quando colocamos o corpo sobre uma balança. Já na relatividade restrita massa é apenas uma forma de energia. Quando um corpo de massa m está parado ele possui energia de repouso dado por E = mc². Se ele estiver em movimento sua energia aumenta e vai depender da velocidade do corpo. Portanto, se conhecermos a energia de uma partícula parada sabemos a sua massa. Existem partículas de massa nula, como o fóton e os glúons, que movem-se sempre com a velocidade da luz. Não é possível para-las para medir sua massa. A massa delas é sempre zero.<br />
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<a href="http://www.matsuk12.us/cms/lib/AK01000953/Centricity/Domain/1802/Magnet/magnetic_fields.gif" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="128" src="http://www.matsuk12.us/cms/lib/AK01000953/Centricity/Domain/1802/Magnet/magnetic_fields.gif" width="200" /></a></div>
O segundo conceito importante é o de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Campo_(f%C3%ADsica)">campo</a>. Estamos acostumados, por exemplo, com as linhas de campo magnéticos produzido por um imã como na figura ao lado. O campo magnético é sempre tangente as linhas de campo. Porém, quando a mecânica quântica é combinada com a relatividade restrita aprendemos que devemos associar um campo a toda partícula elementar. Por exemplo, existe um campo chamado campos de Dirac que permeia todo o universo. Quando esse campo recebe energia suficiente para ser excitado ele cria uma partícula associada a esse campo, que pode ser um elétron ou um pósitron (a anti-partícula do elétron). O campo eletromagnético cria partículas chamadas fótons que são as partículas de luz. O campo de quarks gera os quarks e assim por diante. A noção de campo é extremamente importante pois explica porque todos os elétrons são iguais, não importa se ele foram criados aqui no Brasil, no Japão, na Lua ou em alguma estrela distante. Todos são exatamente iguais porque são excitações do mesmo campo de Dirac. O mesmo raciocínio vale para o fóton, quarks e naturalmente para o Higgs. Portanto, quando se fala na partícula de Higgs devemos ter em mente que existe um campo de Higgs que quando excitado (como aconteceu no LHC) gera a partícula de Higgs.<br />
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<a href="http://www.theyoungscottishphysicist.co.uk/Higher/Images2/EF1.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="236" src="http://www.theyoungscottishphysicist.co.uk/Higher/Images2/EF1.png" width="320" /></a></div>
Sabemos que uma partícula eletricamente carregada sente uma força quando colocada num campo elétrico, como na figura ao lado, e dizemos que há uma interação entre eles. Na linguagem de campos afirmamos que o campo de Dirac interage com o campo eletromagnético. Dessa maneira, os elétrons podem ganhar ou perder energia ao interagir com o campo eletromagnético. Elétrons e prótons são partículas eletricamente carregadas que geram um campo eletromagnético e interagem entre si, podendo formar átomos de hidrogênio. Da mesma forma, o campo de quarks interage com o campo de glúons e podem formar um próton ou um nêutron. Essas interações entre campos e descrito por uma <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_qu%C3%A2ntica_de_campos">teoria quântica de campos</a>. O modelo padrão das partículas elementares, que previu a existência do Higgs, é uma teoria quântica de campos.<br />
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Acontece que o campo de Higgs interage com os elétrons, os quarks, as partículas W e Z além de outras partículas de uma forma bastante peculiar. Ela transfere a energia do campo de Higgs para essas partículas na forma de massa. Lembre-se que massa é apenas uma forma de energia. Essas partículas elementares seriam partículas sem massa se o Higgs não existisse mas na presença do Higgs tornam-se massivas. As massas geradas dependem de como as partículas interagem com o Higgs e em geral são diferentes entre si. O modelo padrão das partículas elementares conseguiu, por exemplo, prever a massa dos W e Z antes de serem descobertos.<br />
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Poderíamos imaginar que como o Higgs gera massa para elétrons e quarks e como os quarks formam prótons e nêutrons, que por sua vez se combinam com os elétrons para formar átomos, então o Higgs geraria massa para tudo. Isso não é verdade. Num próton ou num nêutron, que são compostos por quarks interagindo com glúons, 99% da massa de um próton ou nêutron é gerado pela energia cinética dos quarks mais a energia de interação entre quarks e glúons. Lembre-se do início deste post, massa é uma forma de energia! A contribuição do Higgs para a massa de um átomo é de apenas cerca de 1%. Mas ele pode ser responsável por grande parte da matéria escura... que é outra história.<br />
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<br />Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-20452722.post-91234422533506823442012-11-20T12:45:00.000-02:002012-11-20T12:45:52.407-02:00Inversão Temporal Detectada DiretamenteA <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/T-symmetry">inversão (ou reversão) temporal T</a> é uma das características que distingue a força fraca das outras forças fundamentais, junto com a violação da simetria de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Charge_conjugation">conjugação de carga C</a> e da <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Parity_(physics)">paridade (ou reversão espacial) P</a>. A violação CP foi detectada e confirmada inúmeras vezes. Uma consequência do <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/CPT_invariance">teorema CPT</a>, que garante que a conservação do produto das três operações, é que a violação de CP implica na violação de T. Esta última, entretanto, é muito mais difícil de ser observada. Usando o emaranhamento quântico dos mésons B uma equipe do SLAC conseguiu <a href="http://phys.org/news/2012-11-quantum-arrow-babar-asymmetry.html">detectar a violação T</a>. Apesar do acelerador do SLAC estar fora de operação há alguns anos, continua a produzir física de alta qualidade.Victor Rivelleshttp://www.blogger.com/profile/13686446138092176062noreply@blogger.com0