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Englert e Higgs |
Como esperado, o
premio Nobel de física deste ano está relacionado à
descoberta do bóson de Higgs em julho de 2012. Muitos teóricos estão relacionados à concepção e ao desenvolvimento das idéias de
como gerar massa para campos de gauge de massa nula, e um número muito maior de experimentais estão relacionados à construção dos equipamentos instalados no CERN que finalmente comprovaram a existência do bóson de Higgs. O comitê do Nobel certamente estava num dilema de como premiar a descoberta do Higgs. Optaram pela escolha mínima: premiou os dois teóricos que geraram as idéias iniciais,
François Englert e
Peter Higgs. O primeiro trabalho a propor o que é conhecido atualmente como o
mecanismo de Higgs foi publicado em 1964 por dois físicos belgas, Robert Brout e François Englert. Logo a seguir, ainda em 1964, o físico inglês Peter Higgs publica um trabalho com idéias semelhantes. Os belgas explicam como o mecanismo pode operar para a força fraca, responsável pelo decaimento beta, e Peter Higgs mostra que é necessário que exista uma
partícula com certas propriedades, que agora leva seu nome. Um terceiro trabalho, feito pelos americanos Gerald Guralnik e Carl Hagen e pelo inglês Tom Kibble, contribuiram para o desenvolvimento dessas idéias que hoje em dia fazem parte do modelo padrão das partículas elementares. O bóson de Higgs foi encontrado no LHC nos experimentos do
CMS e do
ATLAS em 2012, mas antes disso foram descobertas outras partículas que também fazem parte do mecanismo de Higgs como os bósons W e Z, que possuem massa geradas pelo bóson de Higgs. Como o Nobel não é concedido postumamente Robert Brout não foi condecorado. Guralnik, Hagen e Kibble são reconhecidos pelas suas constribuições mas como o Nobel é concedido no máximo para três pessoas eles ficaram de fora. Talvez o CMS e ATLAS ainda ganhem o Nobel pela descoberta de 2012. Vamos aguardar.
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