O LHC será o mais potente acelerador de partículas quando entrar em funcionamento em 2007. Entretanto, a energia que ele irá alcançar não é a única diferença com relação aos aceleradores já existentes. Há outra característica única do LHC.
Para descobrirmos novas partículas não basta construir um acelerador potente, é necessário também equipa-lo com detectores de partículas. Esses detectores são projetados especialmente para isso. A teoria que descreve as partículas elementares, o famoso modêlo padrão, prevê as propriedades que as partículas elementares devem apresentar. Os detectores são então construídos para encontrarem partículas com as propriedades previstas pela teoria. O LHC vai buscar o Higgs, a última das partículas fundamentais do modêlo padrão ainda não descoberta e que é responsável pelo fato de outras partículas possuirem massa. Além disso, o LHC irá medir outras quantidades previstas pelo modêlo padrão. Mas irá também procurar novas partículas não previstas pelo modêlo padrão, como, por exemplo, as partículas supersimétricas. Isso levanta um novo problema. Como será possível, à partir dos dados do LHC, descobrir qual o modêlo apropriado para descrever essas novas partículas? Quais são os indícios relevantes para se descobrir tal modêlo?
Devido a essa situação inusitada, o CERN resolveu lançar as Olimpíadas do CERN: dados fictícios do LHC foram distribuídos para vários grupos teóricos que têm a tarefa de identificar o modêlo apropriado para aquele conjunto de dados. A finalidade é óbvia, começar um treinamento intensivo numa atividade nova para área. Os dados fictícios foram distribuídos já há alguns meses e, via blog do Lubos Motl, o resultado é o seguinte: os estudantes de Harvard conquistaram o primeiro lugar e o grupo de cordas de Princeton o segundo. Para mais detalhes veja LHC olympics: big success.
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